E se eu morresse amanhã?
E
se eu morresse amanhã? Estaria de bom tamanho para mim, pois há textos que não
dão para livros e é melhor que se acabem por aqui, que virem contos, crônicas
ou um pequeno poema.
Se
eu morresse amanhã estaria tudo bem e tudo certo, não por que entendi o que é a
vida... Entendi sim, mas por que a senti como uma explosão de poesias, feito
elétrons excitados dos fogos de artifícios que põem cores no céu.
Se
eu morresse amanhã poderia olhar para trás e dizer, Foi um conto. Um conto que
fui aprendendo a tecer, por mais que ela (a vida) me traísse eu continuava a me
rastejar, mas não para implorar o seu amor desinteressado... E sim para tirar
de uma lágrima, de um gesto incompreendido pela razão, de palavras mal
elaboradas ou de um descuido de sentimento que ela deixou se mostrar. Enfim,
tirar disto tudo uma poesia, um livro, um conto, uma crônica, ou uma pequena
frase.
Se
eu morresse amanhã, por mais difícil que a vida está, estaria para mim de bom
grado. Pois tenho quase a certeza que entendi e senti a vida conversando com os
poetas que são estes os loucos. Não procurei os psicólogos, os padres, pastores,
ou o psiquiatra. Não! Eu curava ou deixava endoidecer de vez minha insanidade
com os artistas loucos que me provocavam e não como aqueles profissionais em
serviço do bem e da humanidade, os quais desejavam me enquadrar, remediar e me deixar "normal", conformado, sem vícios e sem virtudes.
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