Punhal
Trazia em meu peito, cravado
Um cigano punhal dourado
Há um ano me mataste com todo descuidado
E viva lhe carreguei dentro de um corpo desalmado
Como Bruxo enfeiticei formosas mulheres encantadas
Para matar, cá dentro de mim, a Cigana à punhaladas
Mas a finória era forte e, não tendo muita sorte
As mulheres, dentro de mim, eram apunhaladas até a morte.
Passei a enfrentá-la sozinho sem saber muito bem o caminho
Agenciei-me com a natureza e entendi a sua beleza, mas me faltava um carinho.
Não precisei ser grande entendedor para compreender que o mundo é entristecedor
Um dia, um poema aliviou toda dor, falava algo além da poesia, não era qualquer amor
Ela chegou de um jeito manso que a outra nem percebeu o sussurrar do seu canto
E antes de entrar em mim passeou por todo meu corpo
A mim fora transformando, mudando toda paisagem
O que era um cenário árido foi se espalhando a folhagem
Seus beijos molhados regavam minha pele crua
Como " a terra seca precisa da chuva"
Foi deitando em minha cama e sem dizer que me ama, me amou
Roçando em meus pelos adormeceu no peito onde a vida fugidia brotou
Segurou-me pela mão e envolveu-me em seu verso que fez me faltar o chão
Percebia mais de cinco sentidos, era outra dimensão
Ela foi se ocupando do meu corpo e pouco a pouco ele estava ocupado
Depois sumiu como quem é livre demais para viver engaiolado
Um dia qualquer amanheci com os seus olhos cor de mel me observando
Trazia em suas mãos o punhal cigano e a cabeça da minha assassina sangrando
Sorriu-me como quem uma guerra havia ganhado e recebido um trágico legado
Fitei o punhal dourado e gritei, escolha bem com presteza onde serei apunhalado
Um cigano punhal dourado
Há um ano me mataste com todo descuidado
E viva lhe carreguei dentro de um corpo desalmado
Como Bruxo enfeiticei formosas mulheres encantadas
Para matar, cá dentro de mim, a Cigana à punhaladas
Mas a finória era forte e, não tendo muita sorte
As mulheres, dentro de mim, eram apunhaladas até a morte.
Passei a enfrentá-la sozinho sem saber muito bem o caminho
Agenciei-me com a natureza e entendi a sua beleza, mas me faltava um carinho.
Não precisei ser grande entendedor para compreender que o mundo é entristecedor
Um dia, um poema aliviou toda dor, falava algo além da poesia, não era qualquer amor
Ela chegou de um jeito manso que a outra nem percebeu o sussurrar do seu canto
E antes de entrar em mim passeou por todo meu corpo
A mim fora transformando, mudando toda paisagem
O que era um cenário árido foi se espalhando a folhagem
Seus beijos molhados regavam minha pele crua
Como " a terra seca precisa da chuva"
Foi deitando em minha cama e sem dizer que me ama, me amou
Roçando em meus pelos adormeceu no peito onde a vida fugidia brotou
Segurou-me pela mão e envolveu-me em seu verso que fez me faltar o chão
Percebia mais de cinco sentidos, era outra dimensão
Ela foi se ocupando do meu corpo e pouco a pouco ele estava ocupado
Depois sumiu como quem é livre demais para viver engaiolado
Um dia qualquer amanheci com os seus olhos cor de mel me observando
Trazia em suas mãos o punhal cigano e a cabeça da minha assassina sangrando
Sorriu-me como quem uma guerra havia ganhado e recebido um trágico legado
Fitei o punhal dourado e gritei, escolha bem com presteza onde serei apunhalado
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