DENTRO DO POEMA

Quando nos deparamos com um poema e o achamos bonito, pensamos na beleza das palavras, como o poeta foi capaz de capturá-las e colocá-las bem ali naquele lugar que só poderia se encaixar daquela maneira.
Entretanto, quando estamos dentro da poesia é possível  que nos permeia  um sentimento arrasador... Sublime... Sem palavras para descrevê-lo, pois as palavras e as coisas deixam de lado a precisão e tudo fica latente e portanto bagunçado, uma energia que nos percorre como imagens desfocadas que gira ao nosso redor indo o mais distante da gente... Sem sair. A energia vai e volta sem sair e sem encontrar a palavra certa que escorre da pena que escreve a hábil mão do bardo inspirado. Quando estamos dentro do poema, não podemos ver as latentes e desfocadas palavras, assim como o ponteiro do relógio não pode ver as horas e ao enfrentar esse sentimento que não se limita e que nos escapa feito o ar que é abundante por toda parte e me falta mesmo sem sair do meu corpo, então... Suspiro! 



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